sexta-feira, 15 de outubro de 2010

"VALE DE LÁGRIMAS"

Destemido, soberbo, desolado,
desgastado, cansado e obsceno,
me encontro chorando e padecendo,
neste vale de lágrimas tão sultíu.

Neste olhar tão meigo e baronil,
nem percebo que o tempo já passou,
continuo sofrendo a minha dor,
em um cantinho escondido do infinito,
e no vale de lágrimas que eu digo,
me afoguei me perdi e não me acho.

Não importa se hoje estou molhado,
deste líquido que emerge tão sofrido,
o que importa é que o choro foi contido,
e este vale jamais será enxido, por uma gota
de lágrima a derramar.

Magoado; não mais irei ficar, a alegria
será o meu abrigo; deixarei o canto
do infinito, e o futuro virás  a prosperar.

"GIOVANE ARAÚJO"